Quem diria que a clássica desculpa para não transar — a dor de cabeça — poderia ser aliviada justamente com... sexo! Num estudo recente da Universidade de Munster, na Alemanha, pesquisadores recomendaram que pacientes com enxaqueca tivessem relações sexuais durante uma crise. Dos que levaram a experiência adiante, a maioria relatou melhora ou desaparecimento dos sintomas. O trabalho foi publicado na revista Cephalalgia.

A explicação foi de que o sexo estimula a liberação de endorfinas — substâncias ligadas ao bem-estar — pelo cérebro, o que alivia a dor.

Não que a relação sexual seja um remédio, mas se a causa da dor de cabeça for estresse, a pessoa vai relaxar e a dor tende a diminuir — comenta o terapeuta sexual Arnaldo Risman. — Mas é preciso estar com vontade de fazer sexo. Se não, a dor de cabeça até aumenta!

Dor piorou
A maior parte dos voluntários da pesquisa da Universidade Munster preferiu não transar durante a crise. Também participaram do estudo outros pacientes, com a chamada cefaleia em salvas, um determinado tipo de dor de cabeça. Mas, nesse grupo, a maioria dos que aceitaram fazer sexo com dor disse que a experiência só fez piorar o problema.

Vida sexual ativa auxilia o tratamento
De acordo com a neurologista Carla Jevoux, sexo não é terapia para dor de cabeça, mas pode contribuir com o tratamento.
— O paciente pode ajudar o médico mantendo hábitos de vida saudáveis, que incluem a vida sexual ativa, a prática de exercícios e a não ingestão de alimentos que desencadeiam crises. Isso diminui a frequência e a intensidade das dores — diz.
No entanto, segundo a médica, manter relações durante crises de dor não é simples, já que a pressão intracraniana aumenta na transa e tende a piorar o problema.
Curiosamente, dois dos 150 tipos de dor de cabeça existentes são as cefaleias pré-orgástica e orgástica, que ocorrem antes e durante o orgasmo, respectivamente. Caracterizada por uma sensação de peso, a dor é bilateral e dura de um minuto a duas horas. Em geral, ela aparece em um período da vida e desaparece sem tratamento.

Confira abaixo alguns benefícios gerados pela prática regular de sexo:

Combate a dor de cabeça - você pode acabar com as dores de cabeça se fizer sexo regularmente. Orgasmos liberam analgésicos naturais, como a ocitocina e endorfinas, além da serotonina que alivia o estresse e combate a dor de cabeça.

Prolonga a vida - pessoas que fazem sexo duas vezes por semana têm 50% de chances de viver mais do que as que não fazem, de acordo com médicos da Universidade de Bristol. A evolução da medicina permite que até os mais velhos pratiquem o ato. Um estudo com 6 mil pessoas descobriu que 40% das pessoas entre 75 e 85 anos ainda mantinham o sexo regular.

Evita doenças do coração - fazer sexo pode diminuir os riscos de infarto e acidente vascular cerebral, de acordo com um estudo da univerduade Queen Belfast. Uma pesquisa do New England Research Institute descobriu que a prática duas vezes por semana pode reduzir o risco de infarto em 45%. Se o sexo for feito três vezes por semana, a redução é de 50%. A produção de endorfina durante o sexo ajuda a neutralizar os hormônios de estresse no corpo.

Reduz câncer - o sexo pode combater certos tipos de câncer. Um estudo do British Journal of Urology descobriu que homens que atingem cinco ou mais orgasmos por semana quando têm 20 e poucos anos têm menos risco de câncer de próstata aos 30. Uma pesquisa na França mostrou que mulheres que praticam sexo mais de uma vez por mês têm menos chance de ter câncer de mama.

Aparência jovem - o sexo é uma ótima forma de manter a aparência jovem. Um estudo com mais de 3,5 mil homens e mulheres descobriu que aqueles que aparentavam de sete a 12 anos mais novos do que eram gostavam de fazer sexo três vezes por semana. A ação melhora a circulação e aumenta o suprimento de oxigênio na célula.

Melhora a imunidade - cientistas dos Estados Unidos descobriram que praticar sexo uma ou duas vezes por semana melhora o sistema imunológico em 30%. O sexo matinal melhora os níveis de hemoglobina, um anticorpo que combate infecções.

Reduz diabetes - o sexo pode reduzir o risco do diabetes tipo 2, por melhorar a ação da insulina, segundo um estudo da Journal of the American Medical Association. Além disso, o desempenho sexual pode indicar problemas de saúde. Disfunção erétil, por exemplo, pode ser sinal de problema no coração.

Melhora a relação - o sexo libera endorfina e hormônios que ajudam na aproximação emocional. Durante o orgasmo, homens liberam a molécula da monogamia, que dá a sensação agradável de estar em casa e vontade de não querer deixá-la.
 
Quer melhorar sua saúde? Faça sexo!