Amor é algo tão subjetivo que pode não ter ligação nenhuma o que sinto com o que para você faz sentido. Amor é quentinho, confortável e respeitoso, igual um pijama flanelado. Não tem coisa mais gostosa que ele no inverno – e você não o troca mesmo vendo um monte de camisolas rendadas incríveis nas lojas que passa.

Quem ama não cobra. Não controla. Não agride. Não ameaça. Não chantageia. Não limita. Quem ama cuida das suas asas para que você possa ser você em qualquer lugar que queira, mesmo enquanto está voando sozinho por aí. Amor é segurança.

Amor é cumplicidade. É dividir o mundo em um olhar. E ainda assim adorar conversar sobre tudo isso que já foi dito e dividido sem palavras. Sentir, dividir, somar. Essas são palavras que fazem sentido para o amor.

Ao escolher uma pessoa, nosso cérebro/coração procura as características que julgamos mais importantes no mundo. E, para mim, são essas: respeito, cumplicidade, inteligência, garra. Sem isso a vida fica muito difícil e a vida não precisa ser assim. Ela deve ser leve, como o amor.

No amor não há essa coisas de “no pain, no gain” (sem dor, sem ganho, em tradução livre). Amor não faz sofrer, não é difícil ou deixa você cansado de tanto tentar. Amor acontece naturalmente, nos pequenos detalhes, nas coisas bobas do dia a dia, na toalha que a outra pessoa pendura só porque sabe que acabaria com o seu dia encontra-la sobre a cama, nos cabelos tirados do ralo apenas porque o outro não aguenta ver aquilo.

São esses pequenos gestos que fazem o amor valer a pena. Essa construção de um mundo formado por essas pessoas que resolveram dividir a vida, os desejos, os pensamentos. Um mundo feito de sentimentos bons, doces e amargos, que se completam, somam, dividem e só crescem.

E amor não é só amor romântico. É aquilo que você sente por pessoas que estão ao seu lado não importa o que aconteça. O Dia dos Namorados devia ser o Dia do Amor. E aí você poderia abraçar todas aquelas pessoas que, nem sabem, mas mudam seu dia todos os dias, que fazem você deixar um sorriso brotar.

O pijama flanelado te aquece, respeita suas curvas, faz companhia em todos os momentos e, mesmo velhinho e quase furando, não perde seu lugar de destaque na sua vida. É isso que eu quero para minha vida. Envelhecer com os amores que meu cérebro/coração me ajudou a escolher e continuar sendo a melhor escolha quando estiver parecendo, por fora, um belo trapo. E é isso que desejo a você.

Ame mais. Ame sem medo. Vista seu pijama flanelado e esteja aberto ao que vier.