Apesar de ter sido inventado na década de 1930, o coletor menstrual ganhou popularidade nos últimos anos, sobretudo por causa do seu apelo ecológico. Feito de silicone, o recipiente parece um copinho de plástico e deve ser posicionado na entrada da vagina para coletar o sangue da menstruação. O acessório é reutilizável e pode durar até dez anos. Além dos benefícios ao meio ambiente, já que evita o descarte de absorventes, o método também traz vantagens para a saúde e gera economia a longo prazo. O valor médio é de R$ 70 a R$ 180, conforme a marca e o modelo.
O recipiente comporta um volume até três vezes maior do que o absorvente interno e é vendido em dois tamanhos diferentes para melhor adaptação à anatomia e à quantidade de fluxo de cada mulher. Na tentativa de resolver os vazamentos frequentes, a estudante Lígia Aparecida da Silva Gama, 33, decidiu testar o método há quatro meses. "Não tive mais esse problema, achei muito mais higiênico", diz. Apesar da maior capacidade, a médica ginecologista Patrícia de Rossi, professora de medicina da Uninove (Universidade Nove de Julho) e membro do conselho editorial da Sogesp (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo), orienta que o coletor deve ser esvaziado no mesmo intervalo em que a mulher trocaria o absorvente. "Nos dias de fluxo mais intenso, isso pode ser de duas a quatro horas, reduzindo-se para seis a oito horas nos dias de menor fluxo", fala. Recomenda-se que o intervalo não seja superior a 12 horas. A mulher pode usá-lo durante a noite também.
Contraindicações e dificuldades
O método tem poucas contraindicações. O recipiente não é recomendado para mulheres virgens, já que existe o risco de rompimento do hímen. Além disso, não deve ser utilizado quando existir a presença de infecções.
A principal queixa costuma ser a dificuldade de inserir o coletor na vagina, além do receio que algumas sentem ao manipular a própria genitália nesse período. O copo é macio, flexível e deve ser dobrado para se encaixar na entrada vaginal, formando um vácuo que impede a passagem de ar e segura os vazamentos. Se corretamente posicionado, no terço médio da vagina, não vai incomodar, cair com a movimentação corporal ou vazar. A maioria dos dispositivos têm uma haste para facilitar a retirada, porém, às vezes, ela causa desconforto e pode ser cortada sem prejudicar a correta utilização do produto.
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