Sexo para alguns ainda é tabu, muitas dúvidas pairam sobre a cabeça e a intimidade de cada um. Algumas coisas são mitos, outras não é bem por ai e claro, tem as que são verdades também. Por isso resolvemos fazer um post esclarecendo algumas dúvidas em relação ao sexo. Para nossas consultores pode ser bem interessante pois ela pode desmistificar alguns mitos com seus clientes.

Vamos as perguntas! 




  • É normal ter dor na hora da penetração? 
A dor que ocorre durante a relação sexual pode ser causada por vários fatores. Na maioria das vezes, ela está relacionada ao lado psicológico. Não se sentir à vontade com o parceiro, não encarar o sexo como algo prazeroso ou ter um sentimento de culpa durante o ato pode acarretar este desconforto na relação. 

Mas também existem causas com nomes desconhecidos pela maioria das mulheres. Uma delas é o vaginismo: uma contração muscular involuntária e não percebida pela mulher que dificulta ou impede a penetração do pênis. "Como não há um relaxamento da musculatura, a vagina fica estreita e a mulher sente dor e queimação durante as tentativas de penetração", alerta o médico Celso Marzano, especialista em terapia sexual. É uma reação de defesa, instintiva e de fundo psicológico. 

Este grande desconforto durante o ato sexual também pode ter outro nome: dispareunia. Você pode sentir desde uma irritação até dor intensa o que impede a penetração. A ausência de lubrificação é um dos principais motivos. Às vezes, a relação sexual pode estar acontecendo antes de um nível de excitação ideal e isto dificulta a entrada do pênis. 

Infecções vaginais também provocam dor na relação sexual, portanto, não hesite em procurar ajuda de um profissional especializado e, se seu corpo estiver em ordem, converse muito com seu parceiro, pois, juntos, descobrirão, aos poucos, o caminho das pedras. 

SAIBA MAIS: 

· Vaginismo
A mulher que sofre de vaginismo, geralmente, desconhece por completo a anatomia de seus órgãos genitais. Neste caso, a informação é a melhor terapia. Aprender a identificar e examinar seu corpo é fundamental. Com isto, vários medos já são solucionados. O espelho poder ser um importante aliado. Não tenha medo de se olhar. Examine-se e descubra o seu corpo. Conte também com a participação do seu parceiro neste processo de tratamento. A terapia sexual individual e a orientação conjunta do casal são as melhores armas para solucionar este problema. 

· Dispareunia
Homens e mulheres podem sofrer de dispareunia. A dor sentida durante a relação sexual pode ser causada por:
· Alterações anatômicas dos órgãos genitais. Ex: inflamações vaginais ou penianas, aderências após cirurgias abdominais, etc.
· Fatores psicológicos. Ex: falta de interesse sexual, ausência de envolvimento afetivo com o parceiro, ansiedade quanto ao desempenho, etc. 

A dispareunia pode causar desde uma simples irritação até uma dor intensa. As infecções vaginais que provocam corrimentos e ardor também podem determinar este desconforto durante a relação. A alteração do PH vaginal é uma das causas de infecções genitais. Evite fazer lavagens internas nos órgãos sexuais. Durante o banho, a água e o sabonete são suficientes para a higiene do local. 

  • É possível ter prazer anal? 
Em primeiro lugar, a mulher deve experimentar o sexo anal somente quando se sentir preparada. "Se ainda não se sente assim, espere o seu momento. A sexualidade é um aprendizado que vem aos poucos", aconselha a ginecologista Glene Rodrigues. 

Lembre-se também que a primeira vez pode ser meio estranha. Será uma nova forma de exercer sua sexualidade, portanto, pode surgir um sentimento de insegurança e ansiedade. Mas se você já praticou sexo anal algumas vezes e não gostou é importante que conte ao parceiro, pois, caso isso não ocorra, ele vai perceber seu desconforto do mesmo jeito e você se frustrará a cada relação. 

O sexo anal também precisa de cuidados. O uso da camisinha é essencial, pois este tipo de sexo também transmite aids e outras DSTs (doença sexualmente transmissíveis) - além das infecções causadas por microorganismos que ficam no ânus. Outro lembrete: se você fizer sexo vaginal logo após o anal, várias vindas do ânus poderão causar uma infecção. Portanto, antes de ocorrer esta modificação, peça para seu parceiro lavar o pênis com água e sabão. 

SAIBA MAIS: 

· Vantagem:
- Se ocorre como nova forma de prazer para o casal (os dois precisam querer e gostar), isto reafirma a cumplicidade. 

· Mitos:
- Sexo anal não causa hemorróidas, pois a cada relação ocorre relaxamento do esfíncter anal. Para a pessoa que já tem hemorróidas, o sexo anal pode agravar a situação devido à pressão sofrida na penetração.
- O músculo do ânus não perde a capacidade de contração e relaxamento. 

· Recomendações:
- Uso de lubrificante a base de água (encontrado em farmácias e sex-shops). Eles devem ser utilizados na região anal e ao redor do pênis.
-A posição para quem está começando é melhor na chamada "cachorinho" (joelhos e cotovelos na cama e o homem por trás): enquanto uma mão do parceiro guia o pênis, a outra está livre para estimular o clitóris ou a vagina (veja onde sente mais prazer). É necessário que a mulher 
esteja excitada para que relaxe o esfíncter anal e a introdução seja lenta, permitindo, assim, que a relação seja prazerosa...
- O uso da camisinha é fundamental para a prevenção de doenças e infecções. 

  • A mulher ejacula? 
Acredita-se que algumas mulheres (poucas), no momento do orgasmo, conseguem expelir uma secreção assim como os homens. É um líquido claro, às vezes leitoso, ralo e geralmente inodoro. “Essa informação foi veiculada devido a pesquisas de entrevistas com mulheres, porém não há trabalho científico a respeito”, explica a ginecologista Glene Rodrigues. 

De acordo com a doutora, esse relato geralmente é observado em mulheres que têm múltiplos orgasmos ou aquelas que atingem o clímax através da estimulação vaginal. A secreção ejaculada é produzida pelas glândulas parauretrais que ficam ao lado da uretra e não são visíveis. 

Alguns pesquisadores já se perguntaram se os esguichos da ejaculação não seriam apenas excesso de lubrificação, mas, baseados em relatos, uma parte dos médicos afirma que este líquido tem outra origem, pois ele não aparece desde o começo da relação: é expelido somente na hora do orgasmo. “É importante ressaltar que essa característica feminina não é responsável por aumento ou diminuição no prazer”, aconselha a Dra Glene. 

Já que somente 10% das mulheres atingem os orgasmos múltiplos, o mais importante, se você não faz parte desta estatística, é procurar seu caminho. A sexualidade é um campo vasto e há várias formas de prazer. Ou seja, todos podem subir às alturas... Cada um à sua maneira. 

  • Sexo oral é perigoso para DST? 

Sim, sexo oral transmite o vírus HIV e também outras DSTs (doenças sexualmente transmissíveis). Essa transmissão pode ocorrer quando existir alguma ferida na mucosa (gengiva, língua) do parceiro(a). Quando a boca não tiver nenhum tipo de lesão não há esse risco. Mas como ter certeza de que não existe nenhuma ferida escondida? 

A melhor alternativa é se prevenir sempre. Há muito preconceito em relação ao uso da camisinha no sexo oral, mas é necessário sim. E paras as mulheres também. Os homens podem optar por preservativos diferentes. Os com sabor, por exemplo, fazem com que este tipo de relação fique mais agradável. Há os de morango, banana, menta etc. 

"Em relação às mulheres recomenda-se o uso do papel filme (aquele plástico que utilizamos na cozinha para cobrir alimentos) ou que se corte uma camisinha ao meio e a coloque sobre a vulva,vagina e clitóris”, sugere a Dra Glene Rodrigues, ginecologista. 

Ainda para o sexo oral feminino, em alguns sex-shops podemos encontrar um produto de plástico que se amolda a língua. Dessa forma, a película impede o contato da vagina com a língua do parceiro prevenindo a transmissão de diversas doenças. 


  • Por que o orgasmo é mais forte em algumas mulheres? 

O orgasmo é diferente para cada mulher e para cada situação. Existem orgasmos mais fortes e outros nem tanto. Em alguns casos, quando o orgasmo é sentido pela primeira vez, a mulher fica em dúvida sobre o que realmente aconteceu, mas tem quase a certeza de que aquilo foi totalmente diferente de qualquer outra sensação vivida antes. 

Não há regras para saber se você teve ou não um orgasmo. Há apenas respostas físicas que aparecem como conseqüência desta chegada ao clímax. Contrações musculares na região da vagina, bicos dos seios enrijecidos, respiração ofegante e uma completa sensação de relaxamento segundos depois do ápice do orgasmo são alguns exemplos. 

A sensação de prazer elevado é outro indicativo. Até parece que o "mundo parou" por alguns instantes. Mas lembre-se: cada orgasmo é diferente e depende do momento. Com o passar do tempo, a pessoa começa a ter mais controle sobre as sensações físicas e o orgasmo passa a ser mais fácil de ser identificado. 

O auto-conhecimento é indispensável para que você consiga ter prazer. Não tenha medo do seu corpo. Experimente sozinha quais são as regiões mais gostosas de serem tocadas e, aos poucos, você estará mais apta para saber o que é o tão misterioso orgasmo. Isto também ajudará na relação com seu parceiro, pois você poderá indicar pra ele quais são os lugares que te dão mais prazer. 

Para facilitar... 

1. Conheça o seu corpo. Descubra os lugares que te dão mais seu prazer. A masturbação é um hábito que ajuda muito a se conhecer sexualmente. 

2. Seja honesta com seu parceiro e diga do que gosta e do que não gosta de fazer na cama. Seja exigente, fale sem medo sobre seus desejos. Intimidade e confiança são essenciais para a plenitude no sexo. 

3. Dê importância às preliminares. Normalmente a estimulação antes da penetração facilita a chegada do orgasmo. 

4. Quanto às posições sexuais, cada um tem suas preferências, mas existem algumas que facilitam o orgasmo feminino. Uma delas é a que a mulher fica deitada de costas e por baixo do homem, mais conhecida como papai-mamãe(colocar uma almofada sob o quadril pode ajudar). Outra posição favorável é aquela em que a mulher fica por cima, pois o contato do clitóris com o pênis se torna mais intenso. 

5. Estimule os músculos que são usados no ato sexual. Faça movimentos de contrair e relaxar o músculo da vagina 15 vezes seguidas. Este movimento é o mesmo de quando você segura o xixi. Isso fará com que suas contrações fiquem mais intensas no momento da penetração, obtendo e proporcionado mais prazer durante a transa. 

6. Estimule sua imaginação e a do seu parceiro. Leia livros e assista vídeos eróticos, use e abuse lingeries sedutoras, etc. Ou seja, crie uma certa intimidade com o ato sexual em si. Quando os dois se sentem à vontade, tudo é permitido... 




Espero que tenham gostado! Beijos até a próxima!